segunda-feira, 19 de agosto de 2013

GOLPES NA NET MOVIMENTAM BILHÕES

  Super oportuno este texto abaixo, principalmente porque sabemos que muitas vítimas não reportam para o IC3 ,  órgão do FBI que responde pelos crimes virtuais, por vergonha e medo.

Jeff, dono do site Pig Buster - http://www.youreittoday.com/scammers.php enviou-me uma estimativa de lucro destes vermes que atuam no mundo virtual- Repasso o texto na íntegra em inglês


"It's very hard to estimate a dollar amount of how much people have been scammed. IC3 which is part of the FBI here used to post numbers but they stopped for some reason. They kind of estimated the amount to be around a half billion each year but I estimate (and many others also) that the amount is well over billions world wide. The problem is most people are embarrassed or ashamed to report getting scammed, many won't even tell their family or close friends. I always ask people who tell me they got scammed if they reported it and everybody has said no, they didn't except some did to their local police but they don't keep track of the amounts. The best people that could come closer to the actual amount would be Western Union and Money Gram but they won't say. I am sure they don't want people to know how much profit they make from the scammers."

 

Golpes pela internet movimentam bilhões


ORIGINAL POSTADO EM - http://www.plox.com.br/caderno/pol%C3%ADcia/golpes-pela-internet-movimentam-bilh%C3%B5es



 Todos os 2 milhões de anúncios de vendas são feitos na internet. Basta deixar um e-mail ou telefone de contato para se transformar em alvo potencial de pessoas mal-intencionadas, que aplicam os mais variados golpes. Negócios ilegais, que, segundo estimativas de sites norte-americanos que alertam para o problema, movimentam cerca de US$ 2 bilhões por ano.
Os que mais lesam vítimas em termos de volume de dinheiro são aqueles em que há promessas de participação em grandes fortunas. As histórias inventadas pelos estelionatários são criativas e, invariavelmente, apelam para o lado emocional e religioso.
Todos garantem ter contas polpudas que, por motivos nem sempre explicados, estão sempre bloqueadas. É nessa hora que costumam fazer à vítima um pedido de adiantamento com a justificativa de usar o dinheiro cedido para pagar despesas com advogado, incentivos e taxas ou, até mesmo, a viagem para ‘resgatar’ os milhões.
O Estado de Minas manteve contato com um dos golpistas e investigou o negócio ilegal que preocupa autoridades, principalmente de Gana, Nigéria e Serra Leoa, países africanos de onde vem a maioria dos golpes. A estratégia é aguçar a ambição da vítima. Quando ela revela interesse, os golpistas informam a existência de algum obstáculo, como os que envolvem despesas que devem ser cobertas imediatamente, sob pena de o negócio ser inviabilizado.
Na troca de e-mails com o golpista, que se apresenta pelo nome Joe Aku, a proposta envolvia aplicar US$ 2 milhões no Brasil. A razão do contato se dava por ele não dispor de informações sobre as melhores opções de investimentos. Pelo pedido de auxílio na escolha do melhor negócio ele anuncia que pagará 20% de comissão, não só do lucro, mas de toda o valor investido.
Diz ter conseguido o dinheiro honestamente, como comerciante de ouro em Dafur, no Sudão, até o início de uma guerra civil, em 2004, quando sua esposa e duas filhas foram mortas. O estelionatário envia, inclusive, uma foto que diz ser dele com a família. E sempre pede sigilo na negociação, agradece pela confiança e, invariavelmente, se despede com as palavras: “Deus te abençoe”.
O enredo continua com Joe alegando ter tido tempo de, antes de fugir do Sudão e da guerra, depositar US$ 2 milhões em uma caixa metálica que foi enviada à Sky Security, uma empresa de segurança na Inglaterra, que, com pouca investigação, pode-se descobrir que realmente existe. Então, ele promete enviar a caixa e a senha de abertura da mesma. Mas pede que espere pela sua chegada ao Brasil antes de conferir o pequeno cofre.
O próximo passo é fornecer um falso e-mail da empresa de Sky Security, solicitando dados pessoais. Pede nome completo, ocupação, idade, endereço, RG, telefone celular e residencial. Com os dados em mãos, Joe diz que enviará a caixa, mas precisa pagar US$ 5 mil ao advogado que providenciará a liberação do cofre na Sky Security.
Informa ter apenas US$ 1,5 mil e pede o restante como ‘empréstimo’, que deverá ser depositado no Banco do Brasil para Everton do Nascimento, agência 11924, que fica em São Paulo, conta número 11.191-0. Como resposta, foi pedido o CPF do correntista, sob a alegação de que seria feita uma transferência pela internet. Claro que o golpista se negou e ordenou que o depósito fosse feito na agência.

Depois de dois dias de espera ele liga. Falando em inglês e demonstrando alguma irritação, questiona o motivo da demora do depósito. Diz estar ansioso para começar vida nova no Brasil e pede urgência. Ele continua esperando.
O modelo de abordagem é apenas um entre vários, assim como o nome do impostor. Ao todo, já foram reconhecidos mais de 100 cartas e 200 nomes usados pelos contraventores. A mensagem com a proposta é, com poucas exceções, de um serviço gratuito como Hotmail ou Yahoo! Isso dificulta o rastreamento da origem do e-mail.
Outra forma de golpe é propor parceria comercial, também na casa dos milhões, seguida de um convite de visita de negócios a Gana, Nigéria ou a Serra Leoa, principais países dos golpistas. Em algumas situações, pedem ao parceiro não requerer o visto no passaporte, pois amigos irão recebê-lo no aeroporto e liberar a entrada com as autoridades da imigração. Dessa forma, o parceiro comercial se torna vítima ainda mais fácil. Sem o visto ele é um estrangeiro ilegal.
Chegando ao destino, o parceiro é levado a um esquema de visitas a repartições do governo, escritórios especializados em transferências de dinheiro, autoridades etc. Essas autoridades, repartições e escritórios tanto podem ser reais, de servidores do governo envolvidos na fraude, como de escritórios e funcionários de fachada. Um teatro para tentar convencer o visitante da legitimidade da negociação. Em outros casos, pode até haver sequestro, com exigência de resgate da família no Brasil.
Segundo a embaixada de Gana no Brasil, o golpe é aplicado em larga escala. Inclusive com alguns casos de homicídio. Diz receber muitos telefonemas de brasileiros depois de feito o depósito, quando os contatos cessam, tentando obter informação sobre a operação e seu idealizador. Eles alertam que nunca se deve fazer nenhum tipo de pagamento ou viagem em busca de dinheiro fácil.
Calcula-se que US$ 2 bilhões são roubados anualmente pelos bandidos. É difícil apontar com precisão, pois uma parte significativa das vítimas não registra queixas nem comunica a fraude. O silêncio se deve ao receio de se expor ao ridículo de ter caído num conto de fadas.
Segundo a Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais, por se tratar de estelionato, a investigação é de competência da Polícia Civil. O delegado Pedro Paulo Marques, responsável pela Delegacia de Crimes Cibernéticos nos últimos seis meses, diz que há três anos houve investigações a respeito desse tipo de golpe na delegacia, mas encaminharam o caso à PF por envolver golpistas de outros países. “Sabemos que há vítimas, mas é difícil rastrear porque não registram queixa. Preferem absorver o prejuízo a se expor. Ou porque, nas conversas com o golpista, teria aceitado receber dinheiro por meio de remessa ilegal”, pontua Pedro.

ASA

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